13.5.08

Plantando centelhas

Monólogo Jesus Cristo
Palavras plagiadas no tempo e no vento
Letras montadas no vento e no tempo
Um quebra cabeça já montado.
(Buka - Quando dizemos que queremos a anarquia-verde, uma sociedade sem estado, livre e em harmonia com a natureza, as pessoas nos dizem “é um belo sonho que nunca ocorrerá” pois é “contra a natureza humana”. A questão é que isto já ocorreu - a anarquia-verde foi como as pessoas viveram durante uns bons 90% da história, foi como vivemos inclusive antes de sermos Homo Sapiens, e assim como alguns continuam vivendo hoje - melhor do que nós vivemos. Quando argumentamos isto, as pessoas começam a se irritar e a resmungar “ voltar para as cavernas!” E se tornam protetores em relação as suas televisões, carros, e outros frutos do “Progresso”, principalmente os esquerdistas e os “anarquistas” que não entendem a diferença e pensam que o “Progresso” é uma lei inevitável da natureza e não uma parte e porção da Sociedade Estatal e das elites que se servem do progresso e o governam.)

O meu objetivo é um adjetivo

Voltar às copas

E repensar sobre a terra.

(Liberdade agora - Nos ensinam a ser obedientes ou seja desde crianças aprendemos a que tenemos que quedarnos com los braços cruzados y acatar todo lo que dicen las autoridades; y que como jóvenes que somos nuestra única preocupação trabalhar para uma empresa grande y ter dinheiro, casar y vivir tranquilo esse é o sistema de vida que querem que adaptamos estudar algo hoy em dia es muy dificil porque los centros de estudos são muito caro y solo algunos logran conseguir alguns trabalho y los otros se dedican a trabalhar em outra cosa pero los ke logramos aprender algo mas podemos usar lo a favor de outros companheiros ke tenham problemas com la ley, o de alguma enfermidade o algun outro oficio y bueno ensinar a los ke não sabem crear centros de estudos libertarios a favor de los compas ya ke nunca se deja de aprender y asi nosotros ensinar y aprender também com elles.)

Monólogo de deus

Uma invenção “eterna”

Onde a retina está presente a todo momento;

Vigiar e punir

E sua maior arma.

E no final de tudo

Ainda lhe diz

Que essa invenção

Ainda o ama.

(Dios Hastio - Começamos a domesticar o cavalo, desde o momento em que ele nasce, preparamo-lo para nos servir e não podemos glorificar-nos de que, uma vez domado, ele não morde o freio e não se empina quando o esporeamos, como se (assim parece) quisesse mostrar à natureza e testemunhar por essa forma que serve não de boa vontade, mas por ser obrigado a servir)

MONÓLOGO DA EVOLUÇÃO

É...

Vou

Solucionar

Dizendo apenas uma palavra.

Esqueça de tudo que aprendeu

E volte ao cordão umbilical

Com a natureza.

(Soja – Glicinina: proteína de alto valor biológico com propriedades terapêuticas contra esgotamento nervoso, desnutrição e enfermidades diabéticas (neste último caso quando usada com moderação). Possui todos os aminoácidos essenciais à vida humana.)

8.5.08

palavras fritas

Monólogo Meus sonhos não morrem comigo.
Os poemas que foram meus, por alguns segundos;
Acabo de abortá-los
Para que eles trilhem seus próprios caminhos
Nesse mundo de palavras e
Letras daninhas.
(Anigav - Hoje, a única alternativa para esse apocalipse motorizado é uma moratória na fabricação de automóveis. É questionar com vigor essa cultura e ditadura do automóvel. E mesmo questionar o tal carro "ecológico" certificado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Rechaçar essa sociedade que é desenhada e estruturada no automóvel.)

Monólogo do livre gozo

A língua perambula pelos contornos

Incondicionalmente de um mundo em movimento

E torna-os

Num livre vôo dos abutres

(Pênis - Contra o consumismo, autogestionemo-nos! Tomemos a vida em nossas mãos! Desaceleremos o tempo! Roube sua vida de volta!)

MONÓLOGO DO BOI

Ah! Se suas lágrimas pudessem ter

Pudessem ter

Ter...

Acesso a todos os meios de comunicações

(Naua – as árvores são assassinadas porque vivem várias gerações. X humanx ker apagar sua historia)

MONÓLOGO DOS PEIXES

No pequeno lago que resta

Flor esta

Balança com o vento.

Urbana

Há um pequeno peixe jornalista

E escritor

Em que seu laser é assassinar pescador

E pescadora.

(ûnan - A civilização iniciou a guerra, a subjugação da mulher, o crescimento populacional, o trabalho forçado, os conceitos de propriedade, hierarquias, e praticamente todas as doenças conhecidas, isso para citar apenas algumas das suas conseqüências devastadoras. A civilização começa e conta com uma renúncia forçada do instinto da liberdade. Ela não pode ser reformada, portanto é nossa inimiga.)

PORQUE AS COISAS SÃO PRA POUCOS?

A fumaça invade

Meu cérebro

E descubro que pra poucos,

A maioria tem que sangrar.

E descubro que para maioria

Para poucos tem que sangrar.

O que você espera?

(Black Blocks – “O capitalismo não se desmorona sozinho. Ajudêmo-lo!”)

Ao som da vida morta(rip)

O cheiro de mar

Que vem chegando

Eu...

No bar

Deliciando(-me)

Com vômitos y retalhos sórdidos de vez

Enquando.

O cheiro de mar

Na esquina

Ria y gargalhava

Duas garotas menina

Mulher

12 e treze anos

na esquina.

Ria e gargalhava

Na lava

De um vulcão

Na esquina.

(Estípticos – Usados contra as hemorragias: cebola, banana, manga etc.)

Noite

A sombra felina

Conspira... pira

Y transpira

A expropriação na esquina

(Nauá - Levanta-te humanxs! E, direito, altivo, declara guerra implacável a deus que há tanto tempo, impõe aos teus irmãos/irmãs e a ti próprio uma veneração embrutecedora!)

Monólogo da poesia contemporânea

Hoje,

Poesia

Amanhã

Putoesia

(Oceano Pacifico - O Estado sempre atuo como repressor, como assassino, tendo privilégios, comodidades em sua classe burguesa (exploradora) atuando, entrelaçando com as grandes empresas y suas filiais: os bancos, supermercados, monopólios, etc... y lançando distrações de escravidão aos setores populares.)

MONÓLOGO DA DOMESTICAÇÃO DO DESEJO

Com o passar da ampulheta

O desejo vende-se em máquinas de refrigerantes.

(Anigav - "Porque morrer não dói, o que dói é o esquecimento" - Subcomandante Marcos)

MONÓLOGO DAs MARIONETEs

Maria

E Odete

Resolveram caminhar por suas próprias pernas.

Odete

E Maria

Resolveram não ter mais cria.

(Oceano Atlântico - Sim, o capitalismo apenas se interessa em produzir mais produtos, em menor quantidade de tempo, sem importância nada mais. Incluso nas políticas corporativas que buscam melhorar a “qualidade de vida do trabalhador”, os trabalhadores não tem “humanidade”, são apenas meios para o mesmo objetivo: a acumulação de dinheiro y poder)

Trepados

Na mesa da cozinha

Garfos e facas

(Anigav – Boicote empresas que patrocinam: touradas, rodeios, etc... sofrimento e dor: Pepsi-cola, Produtos Brahma, Batatas fritas Ruffles, salgadinhos Doritos)

A vida

Abisma-se

Na correnteza das células.

Nas laminas das navalhas

O reflexo

Abisma-se

Na correnteza da vida.

(Oceano Indico - Um pesquisador estadunidense da Universidade Cornell, estima que a propagação dos cantos das baleias ficou restrita de 1600km em 1980 a 400km em 2000. Segundo ele, quando os oceanos estavam livres de toda a poluição acústica humana, uma baleia que cruzava ao largo de Porto Rico era capaz de ouvir o canto de uma das suas congêneres situada a 2600km daí, nos bancos da Terra Nova.)

TERRÁQUExS HUMANXS

Da água para terra

Da terra para as copas

Das copas para a terra

Erva daninha

(Anigav – Boicote a Procter & Gamble – Há muito tempo a Procter & Gamble é uma das empresas que mais fazem testes em animais em todo o mundo, guiada pela única coisa que importa para empresas inescrupulosas como essa: lucro. Pressionada pela opinião pública, a P&G chegou a dizer que estava parando os testes, mas logo descobriu-se que era mais um entre tantas farsas. A P&G se recusou a revelar que tipos de testes são realizados e o número de animais usados no passado e atualmente. Não contribua para o massacre de milhares de animais no laboratório. Boicote Sabão em pó Ariel, Sabão em pó Bold, Batata frita Pringles, Fraldas Pampers, Absorventes Always, Absorventes internos Tampax, Creme dental Crest., Shampoo e condicionadores Pantene)

Na manhã seguinte

O ontem

Suicidou-se

Na busca do amanhã

(Nauá - Falemos sem firulas, não há indústria pesada de mineração amiga da natureza, no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo. Não adianta mascarar os fatos com retóricas, palavras bonitas, roupagens pintadas de verde.)

Battle of disarm no toca vinil

A guerra

Faz sangrar até as flores

Que não tem nada

Haver com ela.

(Béquicos – Usados contra a tosse: jaca, maçã, manga, etc)

A flor

No pequeno vazo

Cercado por grades

Alegra Ana.

A PEQUENA JOANINHA

(Lana – presa por buscar a liberdade incondicional)

RETRATO EM BRANCO E PRETO

A metamorfose,

O progresso de todo dia

Se encarregou de apagar

(Cardiotônicos – Tonificam o coração: figo-da-índia, alface, agrião, beterraba, cebola, maça, aspargo etc.)

Percorrendo sozinha

A pequena barata

Viu sangrar na cozinha

A família sagrada.

(Antipiróticos – Usados contra queimaduras: abóbora, batata-inglesa, banana (casca ou folhas) etc.)

Monologo de padres, professores, psicólogos e educadores.

Assassinos

Assassiiiiiiiiiiiiiiiinossss

Assaaaassiiiinooooooooooooooooooooss!

Assassinoooooooooooooooooooooooosssssssssssss!

(Antilíticos – Evitam ou dissolvem cálculos (pedras): tangerina, maçã, melancia etc.)

Quem tem tem

A face

Cara ou coroa

A navalha brilha

Atoa na pia do banheiro

A cápsula

A AK

Não teve dó

Deixou resquício pelo caminho

Um tiro

Assassino tatua

O sangue rubro na calçada

Sem fama.

(Anti-helmínticos – Expulsam vermes intestinais: coco, couve, cenoura, sementes de mamão, de melão e de abóbora etc.)

No pé de goiaba

A jataí

Se constroi

(Antigripais – Combatem a gripe: laranja, limão, cebola, alho, acerola, goiaba etc.)

Carniça humana pelo caminho

O nosso amigo vento

Encarregou de avisar aos abutres

(Anigzv - Digam o que quiserem sobre as comunidades tribais, a história mostra que eram – em alguns lugares, ainda são – dotadas de grande coesão, solidez, harmonia e regularidade, praticamente isentas de criminalidade e suicídios, vícios, caos, pobreza, aptas a satisfazer suas reduzidas carências com um mínimo de trabalho pesado – quatro horas/dia, por pessoa – em geral, dedicadas à caça, cultivo e colheita, o resto do tempo ocupados por rituais, cantos, danças, sexo, refeições, narrativas e jogos. Seus indivíduos não costumam viver muito – estima-se a longevidade paleolítica em 32, 5 anos, exatamente a mesma que nos Estados Unidos, em 1990 – nem geram muitos filhos, pois a natureza os ensinou a aceitar um vida mais curta e reduzir a população a fim de assegurar prosperidade às demais espécies : tudo é feito em beneficio de todos, inclusive plantas e animais. Não dispõem de séqüitos de criados para os serviços mais triviais, não tem bombas atômicas, campos de extermínio, detritos tóxicos e engarrafamentos, não exploram minas subterrâneas e dispensam psicocirurgia, publicidade, desemprego e genocídio. Propor que o “debate amplo” considere que tais sociedade são instrutivas e exemplares não significa nenhuma romantizada “busca do primitivo”, mas o reconhecimento de modo tribal de existência, baseada na natureza, consoante às necessidades fundamentais da criatura humana; é reconhecer que, ao denegrirmos esse modo de vida e negarmos essas necessidades, saímos perdendo e desfigurados. É sugerir que certos valores que nos fazem falta foram deixadas para sobre trás quando seguimos as pegadas do progresso industrial – deve-se ponderar sobre o que ganhamos com isso. É afirmar que algum tipo de sociedade ecológica, enraizada naquele animismo antigo e na tradição autóctone, deve ser apontada como alvo, se pretendemos garantir a sobrevivência humana e a harmonia da Terra.)