9.12.09

ócio criativo

Borboleta monarca Ao se descobrir livre Livre como a vida deve ser Mutou-se. Encasulou-se E ressurgiu como Borboleta Anarca. (Anigav - A verdade do 11 de setembro – criminosos nos Estados Unidos ostentaram uma “falsa bandeira” de ataque ao terror. Aos seus próprios cidadãos de forma a manipular a percepção das pessoas em continuar os seus planos. Tem-no feito a anos. 11 de setembro foi trabalho interno.) Brincando de roda-roda Escorpião da água Bicho-pau Cigarrinha espumosa. Encantaram-se ao ver A Arara-azul bicar a mão De seu opressor. (Flatus - O cristianismo, bem como todas as crenças teistas são a fraude desta era. Serviu para afastar os seres humanos do seu meio natural, e da mesma maneira, uns dos outros. Sustenta a submissão cega do ser humano a autoridade. Reduz a responsabilidade humana sob a premissa de ke “deus” controla tudo e ke por sua vez os crimes mais terríveis podem ser justificados em nome da perseguição divina. E o mais importante, da o poder aqueles ke sabem a verdade e usam o mito para manipular e controlar a sociedade.) O pequeno Bicho-folha Folheava seu mais novo rabisco "Roubar um banco não é crime fundá-lo é". (Tid - Em contraste, um fantasma assombra a Europa: o autônomo. Uma coisa é clara: depois de Gênova, Rostock e Estrasburgo, o altermundialismo se esgotou e o movimento radical está em pleno crescimento. Não queremos intervir de forma episódica e espetacular para levar a cabo uma negociação. Em vez disso, somos parte da guerra contínua e generalizada que o Estado e o Capital estão impondo contra os pobres, os explorados e a natureza. Vivemos diariamente numa guerra, uma guerra difusa onde cada indivíduo é um ator e uma vítima. Aceitar a pacificação levada a cabo pelos co-gestores, pela esquerda, é aceitar a nossa impotência. Temos de fazer uma ruptura com a ordem estabelecida: nenhum diálogo, nenhuma reivindicação. Combater para não ser derrotado, não devemos fugir, mas enfrentar o velho mundo, de frente, para não mais sofrer.) MONÓLOGO DOs APOIADORxs DE CRUELDADES E SOFRIMENTOS No café da manhã Biscoito água e sal e um gole de café Não há dores. No almoço Prato do dia Cadáver. Na janta Prato da noite Dores. (Vegan – no toca vinil Amor, Protesto y Ódio. Asco sinto a ver-te se deliciando com cadáveres) MONÓLOGO DA CULPA Culpo-me. Culpo-te. Por apoiarmos a padronização da culpa. (Anigav - Reitorias são ocupadas Diante da ameaça de despejo da Ocupa "Lela Karagiani!,uma das mais antigas da Grécia, com uma vida de 21 anos, foi ocupado na quinta-feira (26), as reitorias da Universidade Politécnica de Atenas, da Universidade da Ilha de Creta, em Iraklio e a Universidade de Patras.) FUTURO JÁ VENDIDO Na correnteza do rio da vida Nos muros que são derrubados a cada segundo No canto dos pássaros No canto dos índios moicanos Na vida da Lacraia comum européia Na floresta da pequena formiga Na luta dos de baixo O futuro não está a venda Incógnitos incógnitas É assim que tem que ser. (Flor – boicote empresas que fazem testes em animais - Max Factor (Procter & Gamble), 1 Procter & Gamble Plz., Cincinnati, OH 45202; 513-983-1100; 800-543-1745; www.maxfactor.com) MONÓLOGO DO NEOLIBERALISMO Um produto na prateleira Produzido por outro produto. (Grilo-toupeira - Um mundo novo. Sem deus. Sem pátria. Sem patrão) MONÓLOGO DA CRIAÇÃO Deus criou Criou isso Depois criou novamente Criou aquilo E isto. E eu agora lhe pergunto: Kem criou deus? (Anigav - "as lutas sociais não são legais ou ilegais, mas são justas".) ÓCIO CRIATIVO Sentando Calado Observa o solstício A pequena knup Ao lado Cria Equinócios Num pequeno pedaço de papel A putoesia Do ócio. (Artaud - A Igreja nunca tolerou a liberdade em geral, mas, notadamente, para ser mais específico, nunca toleraram a liberdade de expressão. A destruição de livros, a queima de hereges, a condenação da liberdade de imprensa, têm sido marcos de sua história que ainda hoje se atrevem a negar.) NATIMORTx Umbilicalmente “perfeito” Na prateleira do planeta dxs humanxs Algemas mentais adornam. A modernidade é a barbárie Para um começo que já é o fim. Alguns “vivos” Já nascerão mortos Só para enfeitar as miragens Desse jardim de controle. (Prometeu - O governo brasileiro garante a paz que as multinacionais precisam para superexplorar o povo haitiano. Isso significa garantir que os trabalhadores não se revoltem e não se mobilizem contra a situação a eles imposta.)

30.9.09

poesiasssssss

RETRATO DE NÓS MESMOS Na obscura fotografia Que habita o reflexo de mim mesmo Na solidão de minhas entranhas A masturbação é meu melhor prazer. Povoar minha solidão. (Anigav - “Nada é mais falso do que crer que os objetivos e as intenções são uma coisa, os métodos e as táticas outra coisa” – Emma Goldman) Ao passar pelo jardim de Judith o pequeno beija-vagina lhe presenteou com a masturbação dos prazeres. Logo se foi sem dizer nada. Voando para outros jardins. (Arqueobactérias – "O eletrodoméstico impôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc. A economia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nos submete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figura acima de sua utilidade.") Josefina. Uma galinha que vivia na granja de um humano par. Ali nasceu e fez nascer seu filhinho. Ela não desejava aquilo para seu filho, mas não podia fazer nada, apenas lhe ensinar que humano par ou impar só serve para matar. E ensinou seu filho a ler, escrever e serrar grade. (Eucariontes – “por uma cultura que SOMA e não divide” – Roberto Freire)

putoeziassssss

O KE VC KER? Um pequeno amendoim Uma flor Uma rima Uma lágrima Uma dor? O ke vc ker? Participar Observar Peidar Ou ficar do lado A esperar? O ke vc ker? Ser apenas um expectador Atriz Ator Cantora Uma expectadora Da sua realidade? Vc ker chá? (Nauá - O homem não é superior a outros animais, não tem uma vida mais perfeita que uma ameba, por exemplo, não é mais ou menos perfeito ou real que uma pulga ou uma gota d água. Acontece que sempre se imaginou o homem como uma fina flor da criação! Uma fina flor que gosta muito de defecar e que freqüentemente tem espalhado muita merda na natureza! Pior ainda, o homem é o único animal dentre todos que está separado do que pode, o único que não efetua plenamente suas potências porque criou para si muros e barreiras através de sua rede de valores negativos e de sentidos reativos. (...) é preciso dizer que o homem impotente se revela o mais miserável e inferior dentre os seres vivos. Qualquer carrapato leva suas potências ao limite máximo. Mas é fácil constatar que o homem médio conserva sua vida nos graus mais baixos de intensidade, atrelado a valores vis que impõe a si próprio, prisioneiro de um círculo vicioso gerado pelo movimento estéril de sua impotência.” - in FUGANTI, Luiz Antônio. Saúde, Desejo e Pensamento.) Observa-se nua. Diante do espelho. Verônica. Masturba-se. Na fantasia de ser possuída por si mesma. (Tíbias – Que um fenômeno tão universal como é a masturbação tenha sido um segredo tão bem guardado por milhares de anos, nos da uma medida da capacidade humana de autoenganar-se.)

monólogo das estações

MONÓLOGO DAS ESTAÇÕES Suavemente o vento A pequena borboleta O pequeno beija-flor A serpente do deserto O pé de jaca Dividem a primavera Com o dragão-de-Komodo. Dividem o outono Com o crocodilo; Dividem o verão Com as piranhas; Dividem o inverno Com o elefante E os camundongos. Suavemente as estações São para todxs! (Varanus komodoensis – Não acreditamos que a democracia seja o melhor dos sistemas possíveis, essa é outra mentira de merda! Acreditamos em nós, e nos nossos, aqueles tanto anônimos que afiam seus sonhos de liberdade em cada rincão, nas ruas dos inimigos, acreditamos e lutamos pela Anarquia! Por isso estamos em guerra! Liberdade para os prisioneiros do Estado e do Capital! Liberdade para todos nós! Amor e Revolução!)

19.11.08

viva a realidade - conto

VIVA A REALIDADE Cido. Pedreiro. Carpinteiro. Maconheiro quando alguém ou alguma “banca” lhe presenteia. Angoleiro mesmo contra as indicações religiosas. (Nota do rabiscador – cuidado religiosidade demais faz mal(u)). Furador de poço. Desentupidor de esgoto. Pipoqueiro. Limpador de tumulo. Fotografo nas festas de sua pequena filha. Freqüentador do bar do Bearari nas tardes de sexta. 17 horas e vinte e cinco minutos, só para ver o por do sol. Pois algumas vezes o Sol lhe presenteava com o por. Freqüentador da Igreja Universal do Reino de deus. Médico de seu pai às vezes. Assassino de formigas quando atravessa a viela para chegar rápido em seu barraco. As vezes bêbado “os irmãos não podem me ver assim” – dizia a si mesmo quando estava bêbado. Morro da Desandada. Sua alimentação é à base de sofrimento e dor. Hoje trabalha como montador e técnico de aparelhagem para eventos de bandas, aniversários, eventos sonoros em geral. Sexta-feira. 13 de agosto. Lá estava ele no banheiro tomando um banho depois de ter conspirado junto com seu irmão, amigos e moradores do morro, a construção solidaria da laje de dona Sol. La fora, duas coroas fuma um baseado e observa o morro. Cido. Cansado, mesmo de ter tomado algumas cervejas no final da conspiração e de ter escutado que irmão da igreja não pode beber. Dormiu depois do banho. “Márcia me acorda as seis. Grato”. Preparava-se para trabalhar a noite, pois a aparelhagem foi locada para um evento de bandas. Cido depois de levantar da cama faz um alongamento e vestiu-se. Jantou e se despediu de sua companheira. “Cido vê se não demora... Volta logo, não gosto de ficar sozinha na sexta”. “Não depende de mim nega”. “Beijos”. Atravessou a rua, observou um rapaz passar e foi de encontro a um telefone publico. Telefonou para o dono da aparelhagem e disse que estava indo. “To indo”. Cido chegou, o caminhão já estava lá fora, com o dono e seu filho colocando a aparelhagem no caminhão, ele cumprimentou todos e já começou a trabalhar, carregando uma caixa de som. Caminhão lotado. Foi-se. O transito estava calmo. Tinha até um ciclista indo não sei pra onde. --- Olha lá aquela menina. – disse Cido ao vê-la com o cabelo espetado para cima. Todos olharam e não esboçaram nenhum gesto, apenas o Cido com sua critica destrutiva. Três horas de viagem com a sonoridade da realidade apenas. Favela Ame seu ódio. Chegando ao salão, apenas Marcelo que tomava conta do salão. Descarregaram o caminhão e montaram a aparelhagem no local. O evento tava marcado para começar meia-noite. 19 horas e 31 minutos. Cido ficou encarregado de ficar organizando a aparelhagem e telefonar depois que acabasse o evento. --- Cido tu fica ai e quando terminar o evento tu me telefona. --- Tudo bem. O dono da aparelhagem e seu filho foram embora. Tudo estava preparado. “Ah! os irmãos/irmãs não vão me ver. Vou tomar uma pra relaxar”. Cido caminha até o balcão e pede uma cerveja. No salão só estava ele e o Marcelo. Cido ficou esperando os organizadores do evento, tomando uma cerveja no local. --- Você sabe quem vem tocar aqui hoje? – perguntou Cido. Tomando sua cerveja calmamente. --- É uns punks ai da quebrada. – respondeu Marcelo. --- Punks? – sem entender. Mas não perguntou mais... – pegou sua cerveja e foi caminhar pelo salão. Cido observa o cartaz de outro evento: “Enquanto não tivermos criado uma sociedade ecológica, a capacidade de nos matarmos uns aos outros e de devastar o planeta fará de nós uma espécie menos evoluída do que as outras”. Gig Anarco Punk. Dia: 07.01.06. Local: Bar do Diaforéticos. Porão do lado esquerdo. Entrada: Uma bala de fuzil. “Estranho”- pensou. Os organizadores apareceram, cumprimentaram Cido e foram arrumar o visual do local. “Ke evento é esse?” – perguntou Cido a si mesmo. “pessoas estranhas” – observando o ambiente. Exposições “Calcinhas sujas” de Adnama, Beijos no cóccix de Nauá. Expo de fotos de guerrilha urbana, cartazes, livros para vender, fanzines, camisetas, etc. Cido ficou só observando. Velas pretas e vermelhas por todo palco. “Que pessoal estranho. Esse que são os tais punks” pensava. “Caralho o que será isso!?” – disse Cido ao ver um cartaz onde estava escrito: Deus é uma mentira. “Será coisa do demônio? To com meda” – riu. --- Cido – chamou um dos organizadores. --- O que? – respondeu. ---- Vamos passar um som? --- Tudo bem. – respondeu Cido caminhando até o palco e arrumando tudo. A banda passou o som. Cido estranhou pelo barulho. Depois de passado o som. Os organizadores saíram. Cido ficou esperando. Cido ficou só observando, observando... Tempo depois, disse: “Muito bom!” – ao ver um cartaz onde estava escrito “Se não há justiça para os pobres, que não haja paz para os ricos”. Continuou dando um “role” e observando uma das exposições. As pessoas foram chegando. Chegando. Cido observou que todos estavam de preto ou quase. Mas cada um com seu visual. Alguns de cabelos espetados, jaquetas de rebites. Garotas e garotos. Alguns carregavam em suas camisetas frases como: “Já basta! Chega de crueldade. Com o desenho de dois pequenos macacos presos numa gaiola. Chega de homofobia com o desenho de duas mulheres se beijando na boca, contra o nazismo, contra o fascismo, contra o nacionalismo... que só ferem a liberdade! Vote nulo! Viva a contra cultura punk! Antiarte arma viva kontra o poder. Black block vive! Sem pátria nem patrão. Rodeio é tortura não é arte nem cultura. Algumas crianças, ali do morro, entrava e saia várias vezes. A entrada para elas era liberada. Ah! Na entrada eles estavam cobrando R$3 reais para ajudar na locação da aparelhagem. Meia noite sobe no “palco” o organizador e diz: “O evento vai começar. Sirva-se do veneno!!!”. “Este evento e beneficente a La Revolucion del pueblo de Oaxaca (México) ”. Recitou uma poesia. Monólogo da Televisão. Assobios, gritos e urros. Tinha uma faixa que ficava atrás da bateria. “Viva a Livre Putoesia”. Vários cartazes: Anti-racismo, anti-sexismo, anti-homofobia... A primeira banda a subir foi Katarro Bruto. Crustcore com letras que retratam a realidade nua e crua, a vida terráquea e a contracultura punk. Cido estava na mesa de som controlando a sonoridade quando ele ouviu: “Deus é uma mentira! Sua existência só serviu para causar discórdia entre a humanidade”. “Punk é anti-deus!”. Ele ficou chocado. “Esse povo não acredita em deus? Credo!” – pensou. Uma menina com um sobretudo preto, chegou no meio do “palco” tirou-o. Nua estava. Em pelos. A garota começou a apresentar sua performance “Abismo”. A menina bebeu um cálice com um liquido parecendo sangue mais era vinho, descobriu depois. A banda começou a tocar. Alguns começaram a pogar/dançar. Depois entrou a banda Auto-cadáver. “barulhento” – disse a si mesmo Cido. Depois subiu no palco um rapaz chamado Nanû. Apresentou sua performance “Cadáver do ser supremo” seguindo depois pela banda com o mesmo nome. Cido ficou chocado com a performance e com a banda. “Deus está morto e nós estamos felizes” “Deus e o diabo são mentiras, só servem para dominar” – disse o vocal da banda. Passou pelo evento: Stupid Patriotism, Estilhaços de ódio, L@ desgracione, Bruxas descalças, Trapus & ferrapus, La decadence, Androginia, In desconcert. Para finalizar o evento, entra a banda Cadáver de Lágrimas contidas no frasco da geladeira ao lado de seus olhos decepados. Apresentaram o ruído performático dedicado a morte da arte. Construir música e destruir. O evento acabou. Seis horas da manhã. Cido sem a noção do tempo, saiu para fora do salão quando seus sentidos descobriram que era dia. Caminhou até o orelhão que ficava do outro lado da rua e telefonou para o dono da aparelhagem. Enquanto esperava o caminhão, foi desmontando a aparelhagem e levando para fora do evento. Os punxs que ficaram no local ajudara-no. Cido voltou para casa. Interrogações pelo caminho de volta. Descobriu que a igreja mente, a televisão, os jornais mentem! No outro dia, Cido caminhou até um trabalho que arrumou para ganhar alguns trocados. Vendedor de café na rodoviária. Conversou com seu companheiro de vendas, outro vendedor. Comentou sobre o trabalho que fez pra uns indivíduos e comentou sobre o evento. --- É cumpadi, vou parar de freqüentar a igreja. Muita mentira. Cido. Loiro de olhos vermelhos. Márcia. Negra de olhos negros. (Anigav – prostituta luta por ti)

13.5.08

Plantando centelhas

Monólogo Jesus Cristo
Palavras plagiadas no tempo e no vento
Letras montadas no vento e no tempo
Um quebra cabeça já montado.
(Buka - Quando dizemos que queremos a anarquia-verde, uma sociedade sem estado, livre e em harmonia com a natureza, as pessoas nos dizem “é um belo sonho que nunca ocorrerá” pois é “contra a natureza humana”. A questão é que isto já ocorreu - a anarquia-verde foi como as pessoas viveram durante uns bons 90% da história, foi como vivemos inclusive antes de sermos Homo Sapiens, e assim como alguns continuam vivendo hoje - melhor do que nós vivemos. Quando argumentamos isto, as pessoas começam a se irritar e a resmungar “ voltar para as cavernas!” E se tornam protetores em relação as suas televisões, carros, e outros frutos do “Progresso”, principalmente os esquerdistas e os “anarquistas” que não entendem a diferença e pensam que o “Progresso” é uma lei inevitável da natureza e não uma parte e porção da Sociedade Estatal e das elites que se servem do progresso e o governam.)

O meu objetivo é um adjetivo

Voltar às copas

E repensar sobre a terra.

(Liberdade agora - Nos ensinam a ser obedientes ou seja desde crianças aprendemos a que tenemos que quedarnos com los braços cruzados y acatar todo lo que dicen las autoridades; y que como jóvenes que somos nuestra única preocupação trabalhar para uma empresa grande y ter dinheiro, casar y vivir tranquilo esse é o sistema de vida que querem que adaptamos estudar algo hoy em dia es muy dificil porque los centros de estudos são muito caro y solo algunos logran conseguir alguns trabalho y los otros se dedican a trabalhar em outra cosa pero los ke logramos aprender algo mas podemos usar lo a favor de outros companheiros ke tenham problemas com la ley, o de alguma enfermidade o algun outro oficio y bueno ensinar a los ke não sabem crear centros de estudos libertarios a favor de los compas ya ke nunca se deja de aprender y asi nosotros ensinar y aprender também com elles.)

Monólogo de deus

Uma invenção “eterna”

Onde a retina está presente a todo momento;

Vigiar e punir

E sua maior arma.

E no final de tudo

Ainda lhe diz

Que essa invenção

Ainda o ama.

(Dios Hastio - Começamos a domesticar o cavalo, desde o momento em que ele nasce, preparamo-lo para nos servir e não podemos glorificar-nos de que, uma vez domado, ele não morde o freio e não se empina quando o esporeamos, como se (assim parece) quisesse mostrar à natureza e testemunhar por essa forma que serve não de boa vontade, mas por ser obrigado a servir)

MONÓLOGO DA EVOLUÇÃO

É...

Vou

Solucionar

Dizendo apenas uma palavra.

Esqueça de tudo que aprendeu

E volte ao cordão umbilical

Com a natureza.

(Soja – Glicinina: proteína de alto valor biológico com propriedades terapêuticas contra esgotamento nervoso, desnutrição e enfermidades diabéticas (neste último caso quando usada com moderação). Possui todos os aminoácidos essenciais à vida humana.)

8.5.08

palavras fritas

Monólogo Meus sonhos não morrem comigo.
Os poemas que foram meus, por alguns segundos;
Acabo de abortá-los
Para que eles trilhem seus próprios caminhos
Nesse mundo de palavras e
Letras daninhas.
(Anigav - Hoje, a única alternativa para esse apocalipse motorizado é uma moratória na fabricação de automóveis. É questionar com vigor essa cultura e ditadura do automóvel. E mesmo questionar o tal carro "ecológico" certificado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Rechaçar essa sociedade que é desenhada e estruturada no automóvel.)

Monólogo do livre gozo

A língua perambula pelos contornos

Incondicionalmente de um mundo em movimento

E torna-os

Num livre vôo dos abutres

(Pênis - Contra o consumismo, autogestionemo-nos! Tomemos a vida em nossas mãos! Desaceleremos o tempo! Roube sua vida de volta!)

MONÓLOGO DO BOI

Ah! Se suas lágrimas pudessem ter

Pudessem ter

Ter...

Acesso a todos os meios de comunicações

(Naua – as árvores são assassinadas porque vivem várias gerações. X humanx ker apagar sua historia)

MONÓLOGO DOS PEIXES

No pequeno lago que resta

Flor esta

Balança com o vento.

Urbana

Há um pequeno peixe jornalista

E escritor

Em que seu laser é assassinar pescador

E pescadora.

(ûnan - A civilização iniciou a guerra, a subjugação da mulher, o crescimento populacional, o trabalho forçado, os conceitos de propriedade, hierarquias, e praticamente todas as doenças conhecidas, isso para citar apenas algumas das suas conseqüências devastadoras. A civilização começa e conta com uma renúncia forçada do instinto da liberdade. Ela não pode ser reformada, portanto é nossa inimiga.)

PORQUE AS COISAS SÃO PRA POUCOS?

A fumaça invade

Meu cérebro

E descubro que pra poucos,

A maioria tem que sangrar.

E descubro que para maioria

Para poucos tem que sangrar.

O que você espera?

(Black Blocks – “O capitalismo não se desmorona sozinho. Ajudêmo-lo!”)

Ao som da vida morta(rip)

O cheiro de mar

Que vem chegando

Eu...

No bar

Deliciando(-me)

Com vômitos y retalhos sórdidos de vez

Enquando.

O cheiro de mar

Na esquina

Ria y gargalhava

Duas garotas menina

Mulher

12 e treze anos

na esquina.

Ria e gargalhava

Na lava

De um vulcão

Na esquina.

(Estípticos – Usados contra as hemorragias: cebola, banana, manga etc.)

Noite

A sombra felina

Conspira... pira

Y transpira

A expropriação na esquina

(Nauá - Levanta-te humanxs! E, direito, altivo, declara guerra implacável a deus que há tanto tempo, impõe aos teus irmãos/irmãs e a ti próprio uma veneração embrutecedora!)

Monólogo da poesia contemporânea

Hoje,

Poesia

Amanhã

Putoesia

(Oceano Pacifico - O Estado sempre atuo como repressor, como assassino, tendo privilégios, comodidades em sua classe burguesa (exploradora) atuando, entrelaçando com as grandes empresas y suas filiais: os bancos, supermercados, monopólios, etc... y lançando distrações de escravidão aos setores populares.)

MONÓLOGO DA DOMESTICAÇÃO DO DESEJO

Com o passar da ampulheta

O desejo vende-se em máquinas de refrigerantes.

(Anigav - "Porque morrer não dói, o que dói é o esquecimento" - Subcomandante Marcos)

MONÓLOGO DAs MARIONETEs

Maria

E Odete

Resolveram caminhar por suas próprias pernas.

Odete

E Maria

Resolveram não ter mais cria.

(Oceano Atlântico - Sim, o capitalismo apenas se interessa em produzir mais produtos, em menor quantidade de tempo, sem importância nada mais. Incluso nas políticas corporativas que buscam melhorar a “qualidade de vida do trabalhador”, os trabalhadores não tem “humanidade”, são apenas meios para o mesmo objetivo: a acumulação de dinheiro y poder)

Trepados

Na mesa da cozinha

Garfos e facas

(Anigav – Boicote empresas que patrocinam: touradas, rodeios, etc... sofrimento e dor: Pepsi-cola, Produtos Brahma, Batatas fritas Ruffles, salgadinhos Doritos)

A vida

Abisma-se

Na correnteza das células.

Nas laminas das navalhas

O reflexo

Abisma-se

Na correnteza da vida.

(Oceano Indico - Um pesquisador estadunidense da Universidade Cornell, estima que a propagação dos cantos das baleias ficou restrita de 1600km em 1980 a 400km em 2000. Segundo ele, quando os oceanos estavam livres de toda a poluição acústica humana, uma baleia que cruzava ao largo de Porto Rico era capaz de ouvir o canto de uma das suas congêneres situada a 2600km daí, nos bancos da Terra Nova.)

TERRÁQUExS HUMANXS

Da água para terra

Da terra para as copas

Das copas para a terra

Erva daninha

(Anigav – Boicote a Procter & Gamble – Há muito tempo a Procter & Gamble é uma das empresas que mais fazem testes em animais em todo o mundo, guiada pela única coisa que importa para empresas inescrupulosas como essa: lucro. Pressionada pela opinião pública, a P&G chegou a dizer que estava parando os testes, mas logo descobriu-se que era mais um entre tantas farsas. A P&G se recusou a revelar que tipos de testes são realizados e o número de animais usados no passado e atualmente. Não contribua para o massacre de milhares de animais no laboratório. Boicote Sabão em pó Ariel, Sabão em pó Bold, Batata frita Pringles, Fraldas Pampers, Absorventes Always, Absorventes internos Tampax, Creme dental Crest., Shampoo e condicionadores Pantene)

Na manhã seguinte

O ontem

Suicidou-se

Na busca do amanhã

(Nauá - Falemos sem firulas, não há indústria pesada de mineração amiga da natureza, no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo. Não adianta mascarar os fatos com retóricas, palavras bonitas, roupagens pintadas de verde.)

Battle of disarm no toca vinil

A guerra

Faz sangrar até as flores

Que não tem nada

Haver com ela.

(Béquicos – Usados contra a tosse: jaca, maçã, manga, etc)

A flor

No pequeno vazo

Cercado por grades

Alegra Ana.

A PEQUENA JOANINHA

(Lana – presa por buscar a liberdade incondicional)

RETRATO EM BRANCO E PRETO

A metamorfose,

O progresso de todo dia

Se encarregou de apagar

(Cardiotônicos – Tonificam o coração: figo-da-índia, alface, agrião, beterraba, cebola, maça, aspargo etc.)

Percorrendo sozinha

A pequena barata

Viu sangrar na cozinha

A família sagrada.

(Antipiróticos – Usados contra queimaduras: abóbora, batata-inglesa, banana (casca ou folhas) etc.)

Monologo de padres, professores, psicólogos e educadores.

Assassinos

Assassiiiiiiiiiiiiiiiinossss

Assaaaassiiiinooooooooooooooooooooss!

Assassinoooooooooooooooooooooooosssssssssssss!

(Antilíticos – Evitam ou dissolvem cálculos (pedras): tangerina, maçã, melancia etc.)

Quem tem tem

A face

Cara ou coroa

A navalha brilha

Atoa na pia do banheiro

A cápsula

A AK

Não teve dó

Deixou resquício pelo caminho

Um tiro

Assassino tatua

O sangue rubro na calçada

Sem fama.

(Anti-helmínticos – Expulsam vermes intestinais: coco, couve, cenoura, sementes de mamão, de melão e de abóbora etc.)

No pé de goiaba

A jataí

Se constroi

(Antigripais – Combatem a gripe: laranja, limão, cebola, alho, acerola, goiaba etc.)

Carniça humana pelo caminho

O nosso amigo vento

Encarregou de avisar aos abutres

(Anigzv - Digam o que quiserem sobre as comunidades tribais, a história mostra que eram – em alguns lugares, ainda são – dotadas de grande coesão, solidez, harmonia e regularidade, praticamente isentas de criminalidade e suicídios, vícios, caos, pobreza, aptas a satisfazer suas reduzidas carências com um mínimo de trabalho pesado – quatro horas/dia, por pessoa – em geral, dedicadas à caça, cultivo e colheita, o resto do tempo ocupados por rituais, cantos, danças, sexo, refeições, narrativas e jogos. Seus indivíduos não costumam viver muito – estima-se a longevidade paleolítica em 32, 5 anos, exatamente a mesma que nos Estados Unidos, em 1990 – nem geram muitos filhos, pois a natureza os ensinou a aceitar um vida mais curta e reduzir a população a fim de assegurar prosperidade às demais espécies : tudo é feito em beneficio de todos, inclusive plantas e animais. Não dispõem de séqüitos de criados para os serviços mais triviais, não tem bombas atômicas, campos de extermínio, detritos tóxicos e engarrafamentos, não exploram minas subterrâneas e dispensam psicocirurgia, publicidade, desemprego e genocídio. Propor que o “debate amplo” considere que tais sociedade são instrutivas e exemplares não significa nenhuma romantizada “busca do primitivo”, mas o reconhecimento de modo tribal de existência, baseada na natureza, consoante às necessidades fundamentais da criatura humana; é reconhecer que, ao denegrirmos esse modo de vida e negarmos essas necessidades, saímos perdendo e desfigurados. É sugerir que certos valores que nos fazem falta foram deixadas para sobre trás quando seguimos as pegadas do progresso industrial – deve-se ponderar sobre o que ganhamos com isso. É afirmar que algum tipo de sociedade ecológica, enraizada naquele animismo antigo e na tradição autóctone, deve ser apontada como alvo, se pretendemos garantir a sobrevivência humana e a harmonia da Terra.)

24.4.08

LA putoesia

Na fagulha
O olhar lançou
Labaredas para a lua
(Nuna - É urgente re-aprender a viver. Autogestão territorial. Relações diretas. Sem mediações. Sem capitalismo. Sem Estado. Precisamos mudar radicalmente nossas formas de se relacionar com a natureza. Vida simples, que não quer dizer pobreza, muito pelo contrário. Decrescimento! Mirem-se nos “povos tradicionais”, evidentemente sem idealizá-los ou romantizá-los!)

MONÓLOGO A LIBERDADE É UM CAMINHO TRILHADO POR POUCOS.
O condor
Plaina na sublime montanha do esquecimento.
Aral. 2 anos. Plaina na sublime montanha do aquecimento
(Nauá – Identifiquemos os atores e atrizes do poder, comecemos a agir com bases na ação direta, no boicote, na sabotagem. Nascemos para ser felizes! Não idiotizados, roubados, enganados... É hora de correr riscos, ousar!)
SOU UMA FILHA DA...
Centelha
Da arte morta
Das guerreiras
Da anarquia
Das farpas e do doce de goiabeira.
Do vazio
Da correria
Da rotina que me escraviza
Nesse dia-a-dia.
Das bandeiras queimadas
Das fronteiras derrubadas
Do mate um deus por dia
Das flores que brotam no asfalto
Dos amores que escorrem pelos poros
Da fumaça nas noites de sexta
Sou uma filha da...
Putoesia.
(Anticoágulos – Certas plantas têm a propriedade de incentivar o sistema que dissolve os coágulos do sangue e inibir os fibrinogênios, substâncias que formam s coágulos. Onde encontrar: cebola, alho, suco de uva(escura), algas marinhas, wakame, gengibre, cominho, cogumelo (shiitake e outros), melão, melancia.)

18.2.08

Carta a vocês

BOCA
Oca
Onde a ocasião
Faz
O
Grito
( Nariz - Alguns ematomas mais dente quebrado. Costela. Só porque estava andando a noite indo para casa. Não tenho posses. Se tivesse um carro será que eles me tratariam assim1?)
NARIZ
Na
Ausência
Dos olhos
Eu
Vejo
(Boca - “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.)
TATO
Escutei
Flores
Sobre
O túmulo
Dos ricos
(Visão - “A pessoa de nacionalidade distinta y de sentimentos y aspirações iguais são como bosques de árvores gigantescas: tem separados os troncos, mas se fundem suas raízes y entrelaçam-se suas copas, galhos, se juntam no mas profundo y no mas elevado”)
OUVIDO
Vi
Que
A sinfonia
De Ravachol
Me
Excitava.
Gozei
(Tato - “A civilização vem para infundir ou deformar a racionalidade em padrões da lógica do controle.” – Horkheimer e Adorno)
A brisa
Pela avenida movimentada
Não respeitou o sinal vermelho.
(Naua – Boicote à Pepsi. Patrocina as touradas no México. Milhares de animais estão sendo torturados e mortos todos os dias num evento medíocre e cruel. Até quando o sangue de animais inocentes vai ser derramado por dinheiro?)
VISÃO
Senti
O afago
Das labaredas
Queimando
Multinacionais
(Boca - Quando será que o ser humano vai parar de olhar para o próprio umbigo? Descer dessa arrogância e prepotência? Perceber que não é só ele que faz parte deste planeta? Quando vai aprender que natureza não tem nada a ver com critérios econômicos, lucros, cifrões?)
MONÓLOGO DA PRISÃO
Serrar a grade
Ou cerrar os dentes
(Anigav – Vocês sabiam que quando o arroz está com cheiro de queimado é só tu cortar um pedaço de cebola e colocar no meio do arroz que ela absorve o cheiro)
Na noite
O passado presente
Esculpiu-me futuro
(Nauá- O dia. Esculpiu-me futuro. Presente passado)

29.11.07

mais putoesias

POESIAS EM SENSALAS URBANAS Nas grandes metrópoles; Congestionamento de palavras sonoras; Silêncio barulhento na hora do almoço; Ranger de garfos e facas; Tudo na mais sublime normalidade; Com suas poesias de concreto cimento sólido Poesias de fumaça, que são expelidas pelas máquinas poluidoras; E máquinas que distingue você dos outros; Bem tem – mal não tem! Poesias de luzes que substituíram as estrelas; Essas... Se sentiram sozinhas e já foram habitar outros céus; Poesias visuais, que de nada serve, apenas para vender falsos valores; Nas ruas e avenidas perambulam poesias frias e calculistas com o nome de humano; Humanos desfilam belezas artificiais comprada na loja da esquina; Tudo parece estar bem. Alias... outras vidas não mais existem Foram pra outros lugares Bueiros e esgotos; No meio de tudo isso... Uma criança descendente de escravo Com sua poesia Em senzalas urbanas Mangueia migalhas Para saciar sua fome. ( NANÛ – o escravo urbano) ACABO DE BEIJAR MINHAS FERIDAS COM OS LÁBIOS NAVALHADOS EM POLVORAS. SORRI SORRI NOVAMENTE. (NANÛ) CRIANÇAS VELHAS... ESSE MUNDO ADULTO NOS DESTROI parte 999 Crianças velhas... Porque? Porque fizeram dos pequenos gestos, faca de dois gumes que perfuram olhos azuis nos faróis; Porque fizeram da revolta, apenas uma palavra de dicionário; Condicionaram-na a mero espectador; Simples palavra, com sinônimo de maldade; Porque fizeram dos olhares, apenas o alvo; Porque? Porque tudo se encontra em um único lugar: Nas prateleiras de supermercado vende-se cérebro; Nas vitrines que encantam os dedos e a artificialidade; Nos vazios que perambulam nas ruas editando apenas marcas; E nos zumbis humanóides que nada tem de novo novamente; Porque? Porque fizeram do aperto de mão, espinhos; Porque fizeram da juventude... Mais uma marca esculpida em códigos de barras E mero passatempo. (NANÛ – velha jovem criança) PRÊMIO NOBEL DO ÓDIO Se não fosse: A fome e a miséria; A morte de crianças nas guerras; A destruição da natureza e a ganância; A ignorância humana; A troca de olhares por privilégios; A mutilação de pensamentos; A criação de deuses e demônios para domínio mental; Eu não estaria aqui Recebendo esse prêmio. E como isso... Eu dedico ele a todos os humanos E digo mais: “Continuem a assassinar, a matar, a destruir, a devastar, etc e vários etc; Pois quero receber mais outro prêmio Ou seja, vários Mesmo que não seja esse. Pode ser prêmio nobel... Da morte; Prêmio nobel da desgraça; Prêmio nobel do fim. E quando não existir mais... Quero receber o tão sonhado... Prêmio Nobel do fim da raça humana. (Dadazdawa – o colaborador e na fila a espera do seu prêmio nobel da mutilação de recém nascidos) ÓDIO TRANSGêNICO O que temos para comer? O prato do dia é: Lixo, a realidade de milhões de pessoas, ou... Cadáver, assassinado por um morto vivo, ou... Prato de lágrimas, ou... Ódio modificamente modificado pelo amor Ou... Se você preferir... Capsula de clones recém gerado E de sobremesa Temos você. (Alves – o cozinheiro nas horas vagas de estacionamento) Favelas, becos e vielas Favelas ... Elas Percorrem becos E Vi Elas Sua arma... uma rima Sua rima... uma arma. Adolescentes... Poucos dias de vida Quando foi morar nas ruas de São Paulo Passagens pela Febem Anos depois mais Febem Começou a namorar Veio a gravidez Mais uma vida nas ruas Calçadas da Cinelândia Rio de Janeiro. E a matilha de criança suja no meio da rua Gerações de meninos de rua. Metrópole brasileira Instituição, governo (apenas fachada) Crianças carente Meninos e meninos De volta pras ruas Companheirismo dos colegas, ganho financeiro, sobrevivência, esmola, prostituição, cadeia, drogas e violência E os burgueses desfilam pelas avenidas, com os seus carrões (éca) Exercito da miséria Triste recaída. A violência começou Nas favelas, nas senzalas No apartamento do Leblon Um corpo Um morto Um frio na barriga O cheiro de cola A fome de miragem Pá pum Foi-se (NANÛ – O quilombento)

23.11.07

mate um deus por dia

MONÓLOGO DO TRABALHO
Assassino-me por migalhas que caem da mesa do explorador
A destruição de mim mesmo como humano
Escravo-me na dilaceração de migalhas que me satisfaz por momentos
O tempo, que não me é livre me trás marcas de cansaços.
O livre tempo não existe
Assassino de uma comunidade.
O trabalho ira matar a maior parte dos trabalhadores
Se correr o bicho pega
Se ficar o bicho come
Se unirmos o bicho foge
E a liberdade se conquista.
(Hormônios – muitas plantas contêm estrogênios (fitoestrogênios) que comprovadamente auxiliam a mulher, principalmente no período da menopausa. Onde encontrar: repolho, couve, couve-de-bruxelas, cenoura, couve-flor, milho, cominho, feno-grego, alho, soja, gergelim, amendoim, feijão verde, batata, abacaxi.)
MONÓLOGO DA RELIGIÃO
Reprimir...
O amor e toda sua pluralidade.
Reprimir
O diferente e toda sua misturalidade.
Reprimir
Os poetas. As poetisas.
Reprimir...
Apoiar a exploração patronal
Apoiar o extermínio de animais.
Reprimir
A morte da razão
Molda conceitos pré-fabricados
Nas industrias do ocidentalismo branco.
Reprimir
O espírito natural da revolta no ser humano
(Ao som da The gerogerigegege(jap) - Antivirais – Alho, suco de uva, suco de maçã, cebolinha verde e cebolas de todos os tipos, limão, laranja, cogumelo shiitake, pêssego, sálvia, hortelã, menta, brócoli, abóbora amarela.)
MONÓLOGO DO HOMO OECONOMICUS
Compra-se a placa de vende-se
Para não perder a vez de comprar.
(Antimuco – Certas ervas diluem as mucosidades estimulando sua eliminação e a limpeza das vias respiratórias e dos seios da face. Onde encontrar: alho, cebola, rábano-picante, rabanete, tomilho, menta-eucalipto, agrião, pinho.)
MONÓLOGO DA POESIA MARGINAL
POderá dizer o que quiser. Em qualquer lugar. Até pra si mesmo. Num canto qualquer.
E mesmo que alguém ouça e não entenda. Tudo bem! É para loucos.
SInceramente não damos a mínima para seus rabiscos, que só apóia o estabelecido
Ah! Antes que eu me esqueça:
De nada vale
Se não há movimentação!
Xs poetas mortxs deixem para xs outrxs.
(Bactericidas – agentes que destroem as bactérias. Onde encontrar: orégano, alho, cebola, eucalipto, pinho.)
MONÓLOGO DO MATE UM DEUS POR DIA
Em um pequeno riacho que brota numa pequena floresta
Uma lambari sobe a corredeira
Para desovar a morte de deus.
(Fungicidas – Agentes que destroem os fungos. Onde encontrar: ipê-roxo, arruda, erva-de-santa-maria, rubim, óleo de rícino.)

penetre-me

MONÓLOGO DO DINHEIRO
Ter e descobrir que o ser se mede em comprimento de seu status.
Ser e descobrir que o ter não se mede em cumprimento de seu fato.
Eis a questão
(Couve-flor ao forno – Limpe bem uma couve-flor, sangue, pincele ligeiramente óleo de oliva, salpique alho, envolva em papel-alumínio e leve ao forno por uns 30 minutos.)
MONÓLOGO DA APARÊNCIA
A mascara caiu
E o abutre descobriu
Que não era o tiziu
(Vitamina C – Potente agente contra todos os tipos de câncer. Em laboratório, inibe o crescimento do vírus da Aids. A vitamina C protege contra o vírus e contra a oxidação do colesterol LDL. É um dos mais eficientes bloqueadores dos radicais livres. Onde encontrar: Brócolis, couve-flor, repolho, couve-de-bruxelas, couve, pimentão verde e vermelho, frutas cítricas, caju, acerola, goiaba.)
MONÓLOGO DA LEI DO MAIS FORTE
O grande crocodilo indiano
Dorme silenciosamente, com a boca aberta.
O pequeno pássaro silenciosamente, se alimenta...
Dos alimentos
Por entre os vão dos dentes.
(Vitamina E – Poderoso antioxidante protetor das artérias e sua presença interrompe as destruições provocadas pelos radicais livres. Onde encontrar: Amêndoas, soja, sementes de girassol, gergelim, castanha-do-pará, óleo de oliva, gérmen dos cereais integrais.)
MONÓLOGO DA PERFEIÇÃO
A manga desgarra-se do pé
E vem caindo por entre as folhas que amortece sua queda.
Lá embaixo, a pequena formiga...
Espera
Para dividir com as abelhas
O néctar da perfeição
A solidariedade
(Artaud – Pai, pátria e patrão, esta a trilogia que serve de base à velha sociedade patriarcal e, hoje em dia, à patifaria fascista).
MONÓLOGO DA LEI DO FRUTO PROIBIDO
A maça cumpre pena na penitenciária
Por ser apenas maça
Num mundo de quiabos
(Adansônia Digitala - A ignorância prevaleceu e prevalece Porque não queremos descobrir a verdade.)
MONÓLOGO DO PROGRESSO
Pro...
Pra quem?
(Atromtra - anti-civilização. Não quero maldito progresso)
MONÓLOGO DOS SEJAMOS OS PRIMEIROS
Mudar
Mudança
Muda
A semente que germina
Se você quer mudança
Seja a semente
(SandraAle - O POETA não tem que sustentar em outrem uma ilusória esperança humana ou celeste, nem desarmar os espíritos insuflando-lhes uma confiança sem limite num pai ou num chefe contra quem toda crítica se torna sacrílega. Muito pelo contrário, cabe a el@ pronunciar as palavras sempre sacrílegas e as blasfêmias permanentes. – Benjamin Péret)
MONÓLOGO DO EUFEMISMO
No baile de mascaras
As caras
São más
(Parietaria Officinalis - Os malditos cairão, um por um, estejam no alto do poder privado ou estatal! Nada nem ninguém deterão a força da Natureza!)
MONÓLOGO DA ÁRVORE
Numa pequena floresta
O humano lhe presenteia
Com o toque brutal da motoserra
(João-de-barro – mudou-se para o apartamento da Vieira Solto)

10.10.07

Grito

Cleide. Logo de manhã na comitiva de recepção ao papa. Disfarçada de padre. Folhei a bíblia num canto quieta. Com a movimentação do sol, dos olhos e de algumas pessoas. Tarde. Noite. Uma bíblia foi encontrada com o miolo da mesma cortada no formato de um retângulo. O papa sangrava em seu quarto. Yiannis Dimitraki (Grécia): Durante um frustrado assalto em Atenas. A policia conseguiu deter a um dos expropriadores que ficou ferido durante o tiroteio. O detido, Yiannis Dimitrakis, levava consigo uma bolsa com parte do dinheiro roubado, duas armas semi-automáticas, três granadas de mão e munição. Dimitraki é considerado um dos cinco membros dos “ladrões de negro” (alusão a sua roupa durante a ação), grupo de expropriadores gregos vinculados à parte mais contestatória do crescente movimento social local. Dimitraki é anarquista e está vinculado a várias iniciativas. Atualmente não temos seu endereço, breve o enviaremos.

SOL

Atenas. Grécia. Fred a pequena formiga que tinha acesso à agência bancária, quase foi assassinada por três ladrões de negro, que expropriavam a agência bancária numa tarde de quarta-feira. (Javier Calvo Morán (Espanha): jovem anarquista de Burgos, ativo militante da Assembléia de Estudantes Libertários e atuante nas lutas, é acusado de queimar a fábrica aonde trabalhava. Nos foi informada até pouco tempo notícias destes fatos e de sua situação. Javier pediu a solidariedade do movimento anarquista, em uma etapa na qual tem estado com a moral bastante baixa e com alguns problemas de instabilidade mental e emocional. Advertimos a situação que está superando o companheiro e que às vezes manifesta um comportamento estranho em suas cartas, com altos e baixos em seu estado de ânimo, contradições, extravagâncias etc. Pelo que advertimos a gente que queira escrever-lhe (algo que Javier necessita muito) que tenha em conta esta circunstância. Escreva-lhe: Javier Calvo Morán, CP de San Sebastián, Paseo Martutene Nº 1, 20014 Donostia, Guipúzcoa, Espanha)

4.6.07

QUIABO COM CARNE DE SOJA

MONÓLOGO DA HIERARQUIA
De cima pra baixo
A cachoeira vem banhar-nos de escravidão
(Emerson - O fato de a hierarquia sob todas as formas – domínio do jovem pelo velho, da mulher pelo homem, do homem pelo homem na forma de subordinação de classe, de casta, de etnia ou de qualquer outra estratificação da sociedade – não haver sido identificada como tendo âmbito mais amplo que o mero domínio de classe, tem sido uma das carências cruciais do pensamento radical. Nenhuma libertação será completa, nenhuma tentativa de criar harmonia entre os seres humanos e entre a humanidade e a natureza poderá ter êxito se não forem erradicadas todas as hierarquias e não apenas a de classe, todas as formas de domínio e não apenas a exploração econômica.)
MONÓLOGO DO CONSPIRADOR/A
A criação
Cria
ramificações
(JUVENAL – Canta junto com Neguinho. Moda de viola criada por eles mesmos, no bar do Bearari. Sábado. Sol. Tião carreiro y pardinho também veio pra participar)
MONÓLOGO DO FARMACÊUTICO, DO TRAFICANTE E DO BOTEQUIM
Um...
Vende a dita Cura
Outro a procura
E outro...
O curativo
(Luiz Homero – as furtivas ditaduras de unanimidade e o “consenso fabricado” estão muito evidente e explicito demais, basta apenas um olhar “clínico” ou “psico-social” se liga vacilão)
MONÓLOGO DO DOMÍNIO DA TECNOLOGIA
A logia
acaba de dizer
que a tecno
pisou e tá pisando
na bola.
Para engarrafar
a mente humana
numa logomarca
de um produto na prateleira em que os olhos de Nuna. 1 ano e 6 meses possa
servi-se do veneno.
A tecnologia
Mente
E faz crente que não mente
Mais tem muita gente
Que acredita
Piamente.
Onde está a lógica?
(Gandhi -“Seja você mesmo a mudança que você quer ver no mundo “ ).
MONÓLOGO DA DESCOBERTA DE UMA VERDADE
No corredor da prisão
A liberdade se aproxima
Um ladrão pulou o muro e resolveu
Soltar-me da gaiola
Em que sobrevivia há três anos.
Catando lágrimas
Para mim mesmo
E não para meu algoz.
(Paula Ana - A noite é proibida para as galinhas que vivem confinadas nas fábricas de ovos. Não coma ovos).
MONÓLOGO DA INDUSTRIA DE MEDICAMENTOS ABENÇOA E REVERENCIA À INFELICIDADE HUMANA
Deus ficou doente
Resolveu procurar
Um médico
Que descobriu
Que deus
Mente.
(Brau -A superioridade não é necessária para a existência da vida!)
MONÓLOGO DA ANTIARTE ARTE MORTA
Morta!
Se não,
Terei o prazer
De alvejá-la com uma glock
Sem silenciador.
Presentearei o silêncio, com alguns segundos de barulho.(Seven minutes of nausea - Discarga violenta no deck split com Stupid patriotism. Um minuto de barulho em homenagem aos que morreram lutando ).

7.2.07

Ao som da chuva

segue mais um rabisco para os apreciadores de jambê!!! no mais nada de novo a não ser a morte da vida! apodreço beijos no armário

25.1.07

OUTRO DESENHO

BEIJOS NO CÓCCIX!!!

DESENHO FEITO POR NANÛ

BEIJOS NOS PULSOS CORTADOS.

QUINTA-FEIRA. 25.1.07 - aprendendo a mexer com essa parada

Aqui comendo uma goiaba retirada do pé.

22.1.07

A VAGINA

PRONOME POSSESSIVO Eu?
Não lhe pertenço!
Nem muito menos você a mim
Se me dá prazer
Eu de darei
Se não!?
Seremos meros olhares sem toques.
(Nauá – a beija-flor de Lis)

A VAGINA
Gina
Tenha prazer
Antes
Que vá
Ficar com
Medo.
(Nauá – a beija-flor de vagina molhada)
PÊNIS
Homem
Omen
Money
Man
É fácil
É...
Phalus.
(Nauá – a beija-flor de cannabis sativa)

MUITO ALÉM DA VAGINA (dedicado as mulheres que se submetem a entrar com algo na vagina para satisfazer seus companheiros na cadeia)
Lá estava eu
Diante do espelho
Nua
Acariciando ela
Quando deu por mim
Eu e Cauê
Nos deliciamos na cama
Regado a fumaça e prazer
Nos deliciamos na lama
Regado a fumaça e lazer.
De volta ao espelho
Nua
Novamente
Minha vagina
Chorava lágrimas
De gozo
Lágrimas de mais um dia finito
(Nauá – a beija-flor de bela dona)
MEU CORPO SÓ A MIM PERTENCE
Infelizmente existem mulheres
que não querem ser dona de seu próprio corpo
Medo e submissão
Infelizmente
Algumas não querem Ter prazer
apenas dar prazer
Infelizmente.
(Nauá – a beija-flor de maconha)

SEXO, BEIJO E ARAME FARPADO (manifesto ao direito das visitas intimas as mulheres presidiárias)
Ele me apontou no meio da rua
Dizendo me palavras de ofensa
Eu nua
Olhei para ele
E disse:
Nem todos merecem minha vagina.
(Nauá – a beija-flor de lírio)
ABORTAMENTO
Isso...
Se já dito
Direi
E se direi
Farei
E se farei
Não devo nada
A vos miceis
Pois é meu corpo
A mim pertence
E digo mais:
Ter ou não Ter?
Eis a minha questão.
(Nauá – a beija-flor de Lotus)

MULHER
Nos podaram quando resolvemos brotar
Nos aniquilaram na linguagem
Quando resolvemos nos expressar
Lexias criaram para nós ofender
Somos meras suvinirs para o phalus
Pensam eles.
Mulher!
Eis que levanta do túmulo
E vá.
Não somos apenas reprodutora
Não somos apenas mãe
Não somos apenas namorada
Não somos apenas amante
Não somos apenas filha
Não somos apenas a outra metade
Não somos apenas a tampa da panela
Não somos apenas esposa
Não somos apenas objeto de desejo
Somos mulher e ponto
Porraaaaaaa!!!(Nauá – a beija-flor de cogumelo)
LIBERDADE PARA USAR NOSSO CORPO
De um universo
Sai
Pela vagina
E logo descobri
Outra
Que habita em mim.
Aos nove apanhei
Por mostra-la em papel
Com letras de criança levada
De vagina arreganhada.
Hoje...
Somos grandes amigas
E mostro-a para quem me
Dê prazer.
(Nauá – a beija-flor)

MACONHA E VAGINA
A fumaça passa e perpassa
Por entre meus sentidos
Alguns aguçam
Outro vagarosamente torno a perceber
Na vitrola os chiados de meu vinil preferido
A mão esquerda me acaricia
A chuva que vem de dentro
Me deixa molhada.
Abro a janela
O vento
Me traz o cheiro
Resolvo
Sair
Para saciar-me.(Nauá – a beija-flor de ópio)

FODAM-SE OS DIREITOS AUTORAIS

FODAM-SE os direitos autorais: Acreditamos que qualquer expressão que sirva para melhorar, evoluir o sentimento e o pensamento humano é um bem comum. Portanto não deve ser considerada uma propriedade privada. Este trabalho pode ser reproduzido ao todo ou em parte desde que não vise a produção com finalidade de lucro. Viva o livre pensar, expressar e sentir! Viva a livre poesia!!CITE A FONTE contatos: dadazdawa@hotmail.com

18.1.07

MONÓLOGO DA LÁPIDE Acabo de criar esse blog para expressar meus rabiscos para quem quiser observar e também vadiar um pouco nas palavras e rabiscos. no mais apodreço. beijos no cóccix.